O uso de óleos essenciais, destilados de plantas intensamente perfumadas, é enormemente difundido – um fato perfeitamente natural, já que os seres humanos têm apreciado os perfumes desde épocas remotas para tratamentos do corpo, dos ambientes e principalmente para agradar aos Deuses. Ervas, flores e madeiras aromáticas eram queimadas em templos para purificar e se elevar aos planos maiores.
A massagem feita com óleos carreadores são os que mais surgem efeito sobre o corpo, trazendo benefícios e o conforto do toque com grande valor terapêutico. Os óleos são absorvidos pela pele por meio da massagem estimulando terminações nervosas presentes na superfície da pele, tratando músculos, sangue e vasos linfáticos subjacentes, via sistema nervoso para a glândula pituitária, regulando todas as glândulas endócrinas, incluindo as adrenais, reduzindo muito o stress crônico.
Quando os óleos voláteis são inalados e assimilados pelo bulbo olfatório, as células olfativas receptoras são levadas ao cérebro, especialmente até o sistema límbico, tratando emoções instintivamente. Quando são inalados também são levados através dos pulmões para circulação sanguínea e circulação sistêmica, sentidas em todo trato digestório, urinário e respiratório, afetando as secreções como suor, saliva, secreções vaginais e lacrimais. Cuidado especial com as lactantes, pois são levados também ao leite materno, assim que muitas mães fazendo uso de chás de funcho, endro e camomila reduziam as cólicas dos bebês e induziam ao sono.
Os egípcios antigos empregavam óleos aromáticos com perícia em seus unguentos medicinais e no processo de mumificação. A embarcação real da rainha Cleópatra aparentemente exalava os aromas exóticos ao descer o rio Nilo para o encontro com Marco Antônio. A rainha Cleópatra banhava-se todos os dias com essências de rosas e botões de laranjeiras entras outas plantas como jacintos, lírios, e outras flores que cresciam a beira do Nilo.
No século XVII, dá-se o real crescimento da indústria química com o desenvolvimento de inúmeras substâncias que apresentam maior poder de curar as doenças em menor tempo, substituindo o uso dos óleos essenciais por remédios sintéticos.
No século XVIII, criam se espaços até então inexistentes n casa: sala de banho e o sanitário, com a descoberta do processo de saponificação com soda cáustica, os sabonetes ganham qualidade, estimulando a indústria de perfumes.
No inicio de 1094, Cuthbert Hall demonstra que o poder antisséptico do óleo de eucalipto globulus, em sua forma natural, é muito mais forte que seu principal constituinte e principio ativo isolado, o eucaliptol, ou cineol.
Em 1928, na França o químico Maurice René de Gatefossé começa seu trabalho com óleos essenciais em cosméticos, dando início ao uso do termo “AROMATERAPIA”.
Gatefossé sofreu severas queimaduras no laboratório, recuperando-se rapidamente ao usar óleo essencial de lavanda para acelerar a cicatrização dos tecidos cutâneos. Seu trabalho foi registrado no livro “Complexos naturais em dermatologia”, em descreve como os óleos essenciais penetram através do nariz e pele, atuando sobre o sistema nervoso e aliviando estados de ansiedade e depressão.
Aromaterapia é um nome moderno criado após um acidente de laboratório na França, pelo químico francês Renê Maurice Gattefossé. Ele sofreu queimaduras e se curou delas realizando banhos de lavanda nas áreas atingidas e, posteriormente, o óleo extraído das flores de lavanda que deveria ser usado na perfumaria. Ele já tinha conhecimento das propriedades químicas da lavanda e suas propriedades terapêuticas tanto físicas quanto psíquicas. Dando assim nova abertura de estudos na área de destilação de lavandas com fins terapêuticos.
Aromaterapia Clínica
Analisa os sintomas físicos que o cliente apresenta. Feita a avaliação, escolhe-se os óleos essenciais que serão usados, e a forma que será aplicada: via oral (praticada por médicos) ou via cutânea (pele e inalação, praticada por aromaterapeutas, enfermeiros, terapeutas, e médicos).
Aromaterapia Holística
Holístico que dizer tratar o todo, integrar corpo, mente e espírito. Geralmente usada em consultórios com indicação e uso de sinergias prontas por fornecedores certificados, a venda em lojas especializadas. Ou preparada pelo próprio terapeuta especificamente para aquele cliente no atendimento.
Aromaterapia Estética
Os óleos essenciais usados na perfumaria e na cosmética natural como hidratantes, cremes para pés, mãos, rosto, cabelos, com o intuito não só de melhorar questões da regeneração da pele, mas melhorar o aspecto de rugas, estrias, marcas de queimaduras e alívio de queimação por excesso de sol, etc.
Aromacologia
A aromacologia é uma terminologia criada e patenteada em 1982, como “Olfactory Reserch Fund” e a partir de 2001 passou a se chamar “The Sense of Smell Institut”. A ciência tem por objetivo amparar a inter-relação de pesquisa entre as áreas dos aromas e seis efeitos psicofisiológicos. Deste modo, correlacionam-se as áreas da ciência: farmacologia, psicologia, bioquímica, neurofisiologia, cosmetologia, neurologia, etc. A aromacologia estuda os efeitos dos aromas no organismo humano, não distinguindo os óleos puros das fragrâncias sintéticas.
Mas essa história é muito longa, pois os egípcios já usavam de forma regular e medicinalmente, muitos óleos e unguentos, de plantas aromáticas encontradas em todo Mediterrâneo. Magnífico compêndio escrito por Sonia Corazza – Editora Senac – 2002.
Aromatologia
Tem-se o registro deste termo desde 1950, quando se observou a eficácia dos óleos essenciais mesclados ao carreador. Atualmente, ele indica a fundamentação científica da ação terapêutica dos óleos essenciais.